Boa Noite! Como estão todos?? Por aqui tudo bem... bem corrido!!! Bom, essa semana foi daquele jeito, mais tenho muitas novidades vindo por ai, fico morrendo de vontade pra contar, mais logo logo venho aqui em primeira mão pra falar!! Hoje fui á uma palestra na escola Acalanto, aquela que eu falei há umas semanas atrás, foi muito legal, divertida e construtiva! É uma parceria muito legal, construída com muito trabalho e muita confiança! Vamos ao tema do dia?!
Hoje falaremos sore depressão pós parto, um tema que ainda é tabu e também tratado com preconceito e falta de informação pela sociedade, atendi pouquíssimos casos com essa problemática, mais ela existe e está cada dia mais presente e SILENCIOSA nas vidas de nossas conhecidas, pacientes...
Imaginem a cena, uma gravidez normal, sem complicações, um nascimento perfeito, uma criança perfeita, avós felizes, pai feliz, um ambiente cuidadosamente preparado, mais uma mãe triste... combina? certamente que não... mais acontece e na maioria das mulheres esse sentimento desaparece logo em alguns dias, porém em algumas outras esse sentimento de tristeza, incapacidade e muitas vezes de não merecimento perdura e transforma-se no que chamamos de Depressão pós parto. Para entender melhor vamos falar o que (de forma inconsciente) o nascimento traz...Tanto quanto na morte, no nascimento também ocorre uma separação corporal definitiva. Este é o significado mais doído do parto e que se não for bem elaborado, pode trazer uma depressão muito mais intensa à mãe: o parto é vida e também é morte. Além das vivências inconscientes em que predominam as fantasias de esvaziamento ou de castração, as mais intensas são as ansiedades de carência materna - quando a puérpera apresenta forte dependência infantil em relação à própria mãe ou ao marido - e as de autodepreciação, quando se sente incapaz de assumir as responsabilidades maternas, e até mesmo inútil, quando não consegue captar a compreensão do significado do choro do bebê para poder satisfazê-lo. Para poder suportar tais ansiedades, inconscientemente, alguns mecanismos de defesa são colocados em movimento, segundo as características pessoas da puérpera.
Nesse estágio os medos acabam dominando e mãe se sente incapacitada, necessitando de ajuda de terceiros para fazer o que normalmente conseguiria sozinha... A diferença entre a tristeza "normal" e a DPP, é essa incapacidade que se instala.
Há uma confusão porque como passam por privações de sono, rotina alterada e muitas mudanças, inclusive físicas, amigos, familiares e até o esposo não percebe, até que a depressão esteja instalada, que ali há um problema. Ainda acredita-se que a DPP está relacionada á rejeição da criança, mais muitas vezes essa tristeza está na sonolência, a falta de energia durante o dia inteiro, o desinteresse pelo marido, o desejo sexual que não retorna e as alterações do apetite para mais e para menos. Algumas ficam famintas e comem muito. Outras nem podem chegar perto dos alimentos além da ansiedade e perda de interesses em programas que antes faziam parte do cotidiano.
Os principais sintomas são:
• Tristeza constante, especialmente na parte da manhã e/ou à noite • Sensação de que não vale a pena viver e de que nada de bom vem pela frente
• Sensação de culpa e de responsabilidade por tudo
• Irritabilidade e falta de paciência com parceiro e filhos
• Choro constante
• Exaustão permanente, acompanhada de insônia
• Incapacidade de se divertir
• Perda do bom humor
• Sensação de não conseguir lidar com as circunstâncias da vida
• Enorme ansiedade em relação ao bebê e busca constante por garantias, por parte de profissionais de saúde, de que ele está bem
• Preocupação com sua própria saúde, possivelmente acompanhada pelo temor de ter alguma doença grave
• Falta de concentração
• Sensação de que o bebê é um estranho e não seu próprio filho
O tratamento consiste em fazer terapia, Conversar com alguém treinado para lidar com o que você está sentindo pode ser de grande ajuda. Muitas vezes somente a terapia já é suficiente para reverter o quadro, embora, muitas vezes, haja também a necessidade de associar ao tratamento algum tipo de medicação (que só pode ser prescrita por médicos). Não se intimide em procurar ajuda especializada e encare isso como um ato de amor pelo seu bebê. A família também ajuda quando tem paciência, cuida e acolhe essa mamãe que está precisando de ajuda também nas atividades diárias...
Espero ter esclarecido e ajudado, e ai? conhecem alguém que tem ou teve DPP? Conta sua experiência e ajude outras pessoas!
Beijos,
Rafaela Gonçalves
Psicóloga
CRP15/2886
Sugestões, dúvidas ou reclamações
orientapais@hotmail.com
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