Bomm Dia!! Estou passando por aqui rapidinho porque o presente que eu recebi ontem não podia esperar! há uns dias uma colega de faculdade me ligou dizendo que estava muito feliz com os posts do blog!! Ela não está mais aqui em Maceió, mais trabalha com crianças e adolescentes e eu não duvido nadinha que está arrebentando lá na Bahia! Ela escreveu um textinho sobre as mordidas na pré-escola, tema atualíssimo, que já foi inclusive solicitado para ser trabalhado em terapia! Então está ai pra vocês curtirem na íntegra o texto lindo que a Ju nos deu de presente!!
As mordidas
Ao longo da minha experiência em creche vi muitos pais, professores, coordenadores e até nós psicólogos preocupados com um tema recorrente nas escolas e principalmente com as crianças nos seus primeiros anos de vida. A mordida.
Era frequentes choros por causa das mordidas, e lá ia nós conversar com os pais, explicar aos professores, conversar com as crianças... Era sempre difícil para os pais entenderem o que tava acontecendo, por essa razão e com o intuito de auxiliar minha amiga Rafa nesse blog, que por sinal não canso de elogiar seus textos e pela bela iniciativa de escrever orientações tão importantes e com tanta qualidade. Parabéns Rafa!
Mas vamos lá, nessa fase de pré-escola, as crianças exploram o mundo de descobertas sejam elas externas (espaço da escola e de casa) ou interna (corpo), e é nessas descobertas que elas começam a testar os limites do próprio corpo e do corpo dos outros. Onde o dela acaba e começa o da outra pessoa. E a mordida entra nessa fase como forma de comunicação e de expressão. Já que os pequeninos não dominam a linguagem verbal utilizam a mordida para expressar descontentamento, irritação, disputa de atenção e até mesmo carinho.
Isso mesmo carinho, como eles não sabem ainda direcionar suas emoções, então a mordida se caracteriza como uma forma de expressar emoções sendo de raiva e ou carinho. Além disso alguma mudanças que esteja acontecendo em casa, bem como a adaptação na escola também pode ser um motivo que gerará desconforto e insegurança, sem o recurso da fala os dentes viram o primeiro recurso de expressão.
Em um artigo da Revista Nova Escola a autora Karina Rizek, nos alerta para a importância de não rotularmos os pequenos, porque nessa fase eles estão construindo a identidade, e se acontece os estigmas eles podem apresentar dificuldade em desempenhar outro papel senão a do agressor, podendo ainda apresentar dificuldades em se relacionar.
Assim é importante observar o que está acontecendo com seu filho se ele for o “agressor”, e explicar sobre a dor que o colega sente e mostrar outras formas de agressão, se for possível a criança que mordeu pode auxiliar a que foi mordida nos cuidados, como passar uma pomada ou gelo, ensinando-os outra forma de carinho e cuidado. Caso seu filho seja a criança vitimizada é importante não rotular o “agressor”, como já explicamos e não ensinar a criança a revidar a mordida. O ideal é junto a escola auxiliar a criança a entender que não pode morder os colegas e nessa ajuda é fundamental o apoio de todos, sejam professores, pais e coleguinhas.
No mais precisamos entender que as crianças em suas descobertas precisam ser entendidas e estimuladas porque é daí que vem o verdadeiro aprendizado. Espero ter ajudado vocês a entender esse momento tão cheio de conflitos entre dor e expressão. Caso não saiba como lidar com essa situação converse e peça orientação a escola e ou psicólogos.
Abraço,
Julliana Nicácio
CRP 15/3017
(75) 88593830
Psicóloga no interior da Bahia, apaixonada por educação e por psicologia.
As mordidas
Ao longo da minha experiência em creche vi muitos pais, professores, coordenadores e até nós psicólogos preocupados com um tema recorrente nas escolas e principalmente com as crianças nos seus primeiros anos de vida. A mordida.
Era frequentes choros por causa das mordidas, e lá ia nós conversar com os pais, explicar aos professores, conversar com as crianças... Era sempre difícil para os pais entenderem o que tava acontecendo, por essa razão e com o intuito de auxiliar minha amiga Rafa nesse blog, que por sinal não canso de elogiar seus textos e pela bela iniciativa de escrever orientações tão importantes e com tanta qualidade. Parabéns Rafa!
Mas vamos lá, nessa fase de pré-escola, as crianças exploram o mundo de descobertas sejam elas externas (espaço da escola e de casa) ou interna (corpo), e é nessas descobertas que elas começam a testar os limites do próprio corpo e do corpo dos outros. Onde o dela acaba e começa o da outra pessoa. E a mordida entra nessa fase como forma de comunicação e de expressão. Já que os pequeninos não dominam a linguagem verbal utilizam a mordida para expressar descontentamento, irritação, disputa de atenção e até mesmo carinho.
Isso mesmo carinho, como eles não sabem ainda direcionar suas emoções, então a mordida se caracteriza como uma forma de expressar emoções sendo de raiva e ou carinho. Além disso alguma mudanças que esteja acontecendo em casa, bem como a adaptação na escola também pode ser um motivo que gerará desconforto e insegurança, sem o recurso da fala os dentes viram o primeiro recurso de expressão.
Em um artigo da Revista Nova Escola a autora Karina Rizek, nos alerta para a importância de não rotularmos os pequenos, porque nessa fase eles estão construindo a identidade, e se acontece os estigmas eles podem apresentar dificuldade em desempenhar outro papel senão a do agressor, podendo ainda apresentar dificuldades em se relacionar.
Assim é importante observar o que está acontecendo com seu filho se ele for o “agressor”, e explicar sobre a dor que o colega sente e mostrar outras formas de agressão, se for possível a criança que mordeu pode auxiliar a que foi mordida nos cuidados, como passar uma pomada ou gelo, ensinando-os outra forma de carinho e cuidado. Caso seu filho seja a criança vitimizada é importante não rotular o “agressor”, como já explicamos e não ensinar a criança a revidar a mordida. O ideal é junto a escola auxiliar a criança a entender que não pode morder os colegas e nessa ajuda é fundamental o apoio de todos, sejam professores, pais e coleguinhas.
No mais precisamos entender que as crianças em suas descobertas precisam ser entendidas e estimuladas porque é daí que vem o verdadeiro aprendizado. Espero ter ajudado vocês a entender esse momento tão cheio de conflitos entre dor e expressão. Caso não saiba como lidar com essa situação converse e peça orientação a escola e ou psicólogos.
Abraço,
Julliana Nicácio
CRP 15/3017
(75) 88593830
Psicóloga no interior da Bahia, apaixonada por educação e por psicologia.
E ai?? Gostaram? Eu amei!! Obrigada Ju pelo seu apoio e carinho comigo e com meu blog! Você será sempre bem vinda!!
Bjos e aguardem novidades!! Ontem eu recebi mais um presente, mais esse é surpresa!!!
Rafaela Gonçalves
Psicóloga
CRP 15/2886
Sugestões, dúvidas ou reclamações?
Que bacana o texto! Super elucidativo! Parabéns Juliana e Rafaela :**** Adoro esse blog!
ResponderExcluirmuitoooo legal...
ResponderExcluirdia desses vi minha prima dizer q a filha de 8 meses mordeu o coleguinha na escola e pensei : que malvadinha hehehe mas ja entendi tudo.. rs
adorei
=*