segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Filhos únicos!


Bom dia!! Ontem arrumando meus livros (colocando numa mala para a mudança do consultório!!) achei um registro de uma cliente de muiitos anos atrás... comecei a ler e me lembrar do desespero que aquela mãe me contava que só tinha tido um filho e devido a outros fatores com um apenas ia permanecer. Ela dizia que o filho era mimado, manhoso e que essas eram características de crianças que não tinham irmãos! Escutei a mãe, conversei sobre as crenças limitantes (tema do próx post) e fui atender a criança... Metade do que a mãe descreveu eram características que ela mesmo tinha determinado que seu filho teria, a outra metade rendeu uns meses em tratamento!! Nesse caso foi mais atendimentos com a mãe, eu precisava que ela entendesse que o fato dele ser mimado e manhoso era algo que ela, junto com o pai tinham desenvolvido e ensinado, e que agora, com esforço e dedicação ela iria colocando limites nele. Nada pode ser em excesso. Carinho, limites, atenção, brinquedos, amor e proteção devem ser tudo equilibrado.
Filhos únicos não apresentam diferenças comportamentais tão relevantes quando comparados á filhos que tem irmãos. O problema na maioria dos casos está na expectativa que aquela criança carrega, e na maioria das vezes ela tem a "carga" de realizar alguns feitos que os pais não conseguiram... Quando se tem irmãos isso fica mais equilibrado! Então como podem ver a dificuldade não está na criança e sim na sua história...
Uma alerta que eu sempre converso com os pais é com relação á socialização, incentivo com mais insistência a procurarem atividades que envolvam grupos como esportes, aulas de línguas, etc... A convivência com crianças da mesma idade é saudável para o desenvolvimento das relações futuras e algumas crianças que não tem irmãos acabam sofrendo da chamada "solidão do filho único" e á medida que ela estabelece relações essa tendência acaba diminuindo e ela tem oportunidade de amadurecer.
Encontramos vantagens e desvantagens nessa escolha, sendo a primeira uma capacidade de dar mais conforto e atenção já que não precisa se dividir entre tantos gostos diferentes... E a segunda a incapacidade de vivenciar momentos que só acontece entre irmãos, ainda poderia descrever outros prós e contras, mais minha intenção não é incentivar nem uma coisa, nem á outra, eu mesmo queria ter uns 5 ou 6 filhos, mais conforme vou vivendo acho que um será suficiente!! vamos ver maisssss na frente ne?!
A dica hoje é, em especial, para as mamães, percebo que tanto amor e dedicação que elas desprendem para seu único filho muitas vezes sufoca e em casos mais extremos amputam... Conheci algumas que acreditavam que ninguém era suficientemente bom ou atencioso para cuidar do seu filho, e além da exigência com o mundo a superrrrrrrexigência com ela mesma não a deixa relaxar ou desfrutar de momentos únicos... Então... Estarei aqui á disposição para ajudá-las a se tranquilizarem e ajudarem seus filhos a crescerem saudáveis!!!
Por hoje é só!!

Bjos,

Rafaela Gonçalves
Psicóloga
CRP15/2886

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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Sexualidade infantil... Preparando os pais!


Boa Noite! Maceió não está deixando minha gripe ir embora, mais já me sinto bem melhor e retornei ao trabalho!! Essa semana e a próxima estarei nos preparativos do meu novo consultório, é um projeto muito maior porque estou fazendo isso sozinha! Tenho muita fé que tudo dará certo e conto com a ajuda de vocês!!
O tema hoje é sobre Sexualidade infantil, este sempre foi considerado pelos pais algo difícil de ser debatido, apesar de estarmos numa revolução em termos de informação, quando os pequenos fazem "aquelas” perguntas desconcertantes parece-me que nos pais disparam um sinal de alarme, seja por desinformação, por preconceitos, por medos (e esse é o que eu mais percebo) ou, até mesmo, porque não existe um espaço de tempo para conversar com os filhos sobre o assunto, ficando muitas vezes a cargo apenas da escola ou dos colegas!! A desatenção e as respostas superficiais ás perguntas das crianças acabam despertando uma curiosidade de saber o que de fato existe de tão proibido!
É importante que as perguntas e curiosidades das crianças tenham liberdade para serem colocadas e respondidas com naturalidade e clareza, e principalmente na medida em que vão se dando. Algumas vezes encontro pais que, na esperança de se livrarem logo da situação, disparam a falar ansiosamente e além da necessidade da criança, dando informações que podem gerar tensão e ansiedade desnecessária... Aqui está o grande segredo afinal! Falem apenas o necessário e quando sentirem que já não estão mais curiosas, ou seja, que a pergunta inicial já foi respondida, esperem até a próxima vez para entrar em mais detalhes (e não se preocupem, muiiitas vezes eles os procurarão, se estiverem á vontade).
Uma outra orientação para este momento é, falem sempre a verdade, introduzindo inclusive palavras científicas ( como pênis, vagina, etc..), para que possam mostrar a seriedade do assunto, evitando assim gozações, malícia, palavras de duplo sentido. As primeiras dúvidas giram em torno da diferença de gênero e em seguida sobre o nascimento, como vieram ao mundo, etc...
Abaixo vocês terão oportunidade de ler sobre as etapas do desenvolvimento da sexualidade, ela foi primeiramente estudada por Freud láá no século 20, acho que é bastante interessante vocês terem o conhecimento de cada etapa, para que possam ir se preparando... o texto não é meu, procurei bastante e achei ele bem completo no http://www.educaja.com.br, lá vocês encontrarão outras referências mais específicas: (vou colocar o texto em itálico para que vocês saibam onde não é da minha autoria)

As faixas etárias de cada fase não são absolutas, mas aproximadas
a) 0 a 2 anos – Oral
Nos primeiros meses, o prazer da criança se concentra na região da boca, sua atenção está voltada para o que entra e sai de seu corpo via oral: ela suga o seio da mãe, chupa mamadeira, come papinha, regurgita (mas já é capaz de ter sensações agradáveis nos órgãos genitais). A boca é sua forma de comunicação com o meio externo

b) 2 a 3 anos – Anal
Quando começa a deixar as fraldas, a atenção da criança se volta para suas necessidades fisiológicas: ela começa a perceber que pode controlar o esfíncter (músculo envolvido na evacuação), cujos movimentos também proporcionam sensação de prazer. Ficam orgulhosas do que seu corpo produz, algumas nem querem dar a descarga. Pais e professores também colaboram para o aumento de atenção nessa etapa, perguntando o tempo todo se a criança quer fazer cocô ou xixi

c) 4 a 6 anos – Fálica
Começam a descobrir/explorar seus órgãos sexuais e a perceber as diferenças anatômicas entre meninos e meninas. A curiosidade estimula a masturbação e as brincadeiras sexuais com outras crianças. O orgasmo é possível, embora os meninos não ejaculem. Nessa fase a criança já tem total consciência de sua identidade sexual (noção sobre seu sexo, diferente de orientação sexual, que pode ser homo, bi ou hétero). É também a fase das perguntas sobre sexo e a origem dos bebês

d) A partir dos 7 – LatênciaÉpoca que antecede a puberdade e a criança está se preparando psiquicamente para as intensas mudanças que virão. Nessa fase, que coincide com o início da vida escolar, a sexualidade fica em segundo plano, em detrimento de novas descobertas, especialmente no terreno intelectual. A curiosidade sexual não desaparece, mas fica latente

Pergunto sempre aos pais como lidam com a própria sexualidade, porque muitas vezes é fator determinante para um bom diálogo, e hoje percebo um crescimento de pais na clínica quando o assunto é: até onde é saudável meu filho saber? E novamente eu oriento, sem ansiedades, sem arrodeios, expliquem apenas a pergunta feita, e ficarão surpresos com a naturalidade que eles demonstrarão estar satisfeitos! E por favor, não deixem que eles aprendam com outras pessoas, porque a confiança está sendo estabelecida em momentos como esse e lááá na adolescência fará toda diferença!!
Acho que é isso!! Preciso confessar que, a cada post sempre tenho ceretza que falta muito mais a ser falado.. mais morro de medo de ficar aquelas leituras chaaatas e compridas...

Bjos a todos!!

Rafaela Gonçalves
Psicóloga
CRP15/2886

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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Lembranças...



Bom dia!! Não faltou vontade para escrever no fds.. mais faltou disposição! Pois é... Adoeci desde sexta e estou aqui de cama, morrendo de vontade de ir trabalhar mais me dando o direito de ficar boa... Hoje vou falar de um assunto que me ocorreu na noite passada enquanto via um desenho, as lembranças!
Existia uma coleção que era narrada pela Xuxa chamada "Coleção era uma vez", eram histórias clássicas que todos os meses saiam nas bancas de revistas, me lembro que meu pai comprava e deitadas na cama, eu e minha irmã, com minha mãe ouvíamos ela contar histórias da branca de neve, chapeuzinho vermelho, barba azul e a minha preferida, As flores da pequena Ida. Minha mãe contava no fim da tarde depois das nossas tarefas de casa, me lembro perfeitamente que era muito melhor do que a própria xuxa narrando...
Gosto de acreditar que cada lembrança está guardada num baú interior, ou como chamamos na Hipnoterapia, no insconsciente, que pode ser acessado de vez em quando para nos presentear com o momentos prazeirosoa da nossa vida! Eu sempre peço que papais e mamães busquem essas memórias e o bem estar que elas causam, vocês vão entender mais embaixo...

As brincadeiras de hoje definitivamente não se parecem em nada com ás do meu tempo... ás do meu tempo eram muitooo "adiantadas" para as do tempo da minha mãe e assim por diante, o fato é que algumas coisas não mudam, ou pelo menos não deveriam... a cumplicidade das lembranças entre pais e filhos.

Participar da rotina dos filhos, é dica antiga ne?! Mais se divertir junto é algo que ainda vejo como dificuldade, os pais esqueceram como se brinca e pior... esqueceram como se divertem!! Uma vez pedi á um pai que brincasse com seu filho no consultório para que eu pudesse ver a cumplicidade dos dois e o pai brincava sem interagir, prestava atenção em tudo, menos naquele momento... e perdeu uma grande oportunidade de construir uma boa lembrança!

Estejam inteiros, em todos os momentos, e nada de achar que no seu tempo que as coisas eram boas, que tal aproveitar a oportunidade e aprender um pouco mais sobre a tecnologia? ou os brinquedos modernos?? E vez por outra apresentar o que vocês faziam para se divertir e construirem juntos memórias que ficarão pra sempre!! O importante é o brincar, e não o brinquedo. É possível improvisar brinquedos ou brincadeiras se o fizeram em conjunto, se ouvindo e ouvindo a outra parte. Enquanto brincam, pais e mães tem a oportunidade de conhecer o universo do seu filho, de perceberem seus sentimentos e pensamentos, e um dado muiiito importante... é nesse momento que a oportunidade de ver representado na brincadeira como a relação pai/mãe/filho está sendo percebida, pelo outro ângulo.

Se joguem no universo dos seus filhos, desfrutando, aprendendo e revivendo a parte boa de não ter com o que se preocupar!! Tenho ensinado os pais á brincarem, a se divertirem de novo usando o lúdico, deixando o inconsciente fluir... Sabem como faço isso?? Uso a hipnose e a arteterapia em conjunto! Assim fica fácil não desistir da terapia!!

O post hoje foi light e curtinho, eu realmente não me sinto bem.. mais já vou pensar num tema bem legal para essa semana ainda!! Mais antes quero saber... Qual a melhor memória da sua infância??

Aguardo os recadinhos!!


Bjosssss



Rafaela Gonçalves

Psicóloga

CRP 15/2886



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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Nascidos no coração... Um papo sobre adoção!

Olá! Como estão todos? Estive ausente durante quase toda semana porque as mudanças estão me tirando o tempo livre!! Depois quando tudo estiver em seus lugares eu posto fotos para vocês apreciarem!! Bom, o tema de hoje é sobre Adoção!
Se tenho alguma certeza nessa vida é a de que eu vou adotar uma criança, talvez pela minha experiência na família, talvez porque tenha amor em excesso... O que importa é que parte desse extenso assunto eu poderia conversar com vocês? Como sou extremamente linear e perfeccionista, vamos ao começo!
A decisão de adotar deve ser encarada com a mesma seriedade que a decisão de engravidar, a mudança que vem pela frente é tão permanente em qualquer uma das situações. Aqui no Brasil o processo de adoção não é o mais simples, trabalhei numa creche com crianças abandonadas quando ainda era estagiária no centro de hipnose aqui em Maceió, e foi uma experiência bastante enriquecedora, porém chocante. Quando a gente decide ter um filho natural, simplesmente aceita o que Deus nos manda, independente da cor, tipo físico ou sexo. Mais a sensação que eu tinha, era que aquela creche (assim como as demais) eram shoppings de crianças, onde as pessoas pegavam, prometiam amor e na hora do trabalho duro, de dar limites, e educar de fato, devolviam, dizendo que a criança não se adaptara...
Mais eu não quero falar desse lado, quero abordar as vantagens da adoção, quero orientar os pais e mães que estejam pensando em tomar tal atitude e aconselhar os que já os tem! Uma criança abandonada vem com uma carga de rejeição 2x mais elevadas, são crianças que naturalmente sofreram desde o ventre materno, tomada a decisão de adotar, os pais DEVEM ter total esclarecimento que a partir daquele momento, são os pais dela, e tem todos os direitos legais de educá-las, conforme seus valores e suas regras, muitas vezes (e isso é mais comum do que pensam) os pais adotivos, compadecidos das rejeições que seu filho já sofreu não impõem alguns limites e mais na frente quando o tentam, se frustram!
Na minha opinião enquanto profissional, desde sempre a criança precisa saber que foi adotada, vocês podem contar historias de mamães que não podiam mais ter filhos e pediram para que uma tia tivesse, e olha que sorte a dela! Quanto amor ela teve, como foi desejada! (isso no caso da criança ter chegado recém nascida). Outra forma de abordar é, a medida que a criança for perguntando, ir respondendo, então chega uma idade que eles pedem pra ver fotos da mãe grávida, vocês precisam ser sinceros e dizer que eles nasceram do coração. A mentira só vai adiar um sofrimento... e enquanto criança, este pode ser elaborado de forma mais rápida e natural!

Existem alguns aspectos que eu gostaria de tratar, algumas crenças limitantes acerca da adoção, tais como: geralmente é uma criança violenta, ela terá sempre problemas, ou ainda outros tantos absurdos! Mais o que acontece na maioria dos casos não é exatamente isso, de fato é uma criança que tem uma rejeição nata, mais seu desenvolvimento é normal como o de um filho biológico, e os pais á medida que vão se adaptando vão encontrando conexões com aquele filho. Chega uma fase (geralmente 7, 8 anos) que a criança costuma falar que não obedecerá tal regra porque não é filho, ou porque tem outra mãe, etc.. e o que acontece com as mamães?? se arrasam!! Tuuudo balela, tudo falado da boca pra fora, na hora da raiva, esse comportamento equivale aquele famoso "Você é a pior mãe do mundo!" Mais nesse aspecto depois das emoções digeridas vale uma boa conversa, colocando que pais também podem machucar ás vezes e que vocês entendem que ele esteja chateado, mais não dá o direito de ferir as pessoas assim...
Aiii um só post não cabe!!!! Prometo uma segunda etapa em breve!! Tenho muitas sugestões acumuladas mais aos poucos (bem pouco.. heheh) eu vou dando conta!!!


Por hoje é só!! O que acharam??


Bjos!!!


Rafaela Gonçalves

Psicóloga

CRP 15/2886



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domingo, 14 de agosto de 2011

Culpa... pra que te quero?


Boa Noite!! Tenho pensado em algumas idéias para divulgar mais o blog, já fu em algumas escolas, tenho mandado emails, mais sinto que há muito mais a ser feito, por isso peço a ajuda de vocês, o que me sugerem para que possa divulgar este espaço, principalmente aqui na cidade, que é tão carente de um trabalho voltado para os pais?? Aguardo sugestões!!
O tema que eu escolhi hoje é bastante abrangente, se encaixaria em diversos posts, mais resolvi dar um espaço especial para ele, tenho notado pelo meu caminho no consultório e aqui no blog pelos emails que tenho recebido que a Culpa é uma das emoções mais paralisantes. Para os confusos, o sentimento de culpa é o sofrimento que se sente após um comportamento avaliado como não satisfatório, o fato é que, se esse sentimento servisse apenas para que repensássemos atitudes tudo estaria bem... mais a culpa geralmente é utilizada de forma negativa, re-afirmando nossas características desagradáveis (ou defeitos!), sendo assim ela não serve para nada, exceto para que pais e mães carreguem um peso maior do que o necessário!
Se todos pensassem assim: eu sou a melhor mãe que posso ser, mesmo estando cheinha de defeitos e qualidades, eu só quero o melhor para meu filho, eu tomo decisões baseadas no bem estar e no crescimento saudável deles, e não terei problemas em dizer não ás vezes, afinal, dizer não é também um ato de amor! Ahh isso seria um sonho!! Porque na realidade mesmo... pouquííííssimas mães acreditam nisso... Vou contar uma história de amor pra vocês agora... Uma história que conheci há poucos dias...
Conheci um garoto que vou chamar de campeão*, entre tantos comprometimentos de fala, motor e cognitivo ele tinha um olhar de vida, em poucos minutos a pessoa que o acompanhava, a mãe, me contou, como se estivesse adivinhando que eu adoraria ouvir aquela história, que quando soube que estava grávida simplesmente surtou, cometeu atrocidades, tomou remédios, se machucou, entre tantas outras que não vale a pena relatar... Mais ele nasceu, insistiu em ficar vivo e veio ao mundo, a princípio com toda aquela rejeição ele foi criado por uma avó, que cuidou, alimentou, etc... Só depois de alguns anos a mãe já amadurecida e um tanto machucada pelas decepções da vida voltou pra casa, voltou e se assustou com a criança debilitada que encontrou... um menino de aparência incomum e de habilidades limitadas, segundo ela após o choque a primeira sensação que teve foi a culpa, chorou, pediu perdão, se lamentou... mais nada poderia fazer para voltar atrás, nada "consertaria" aquela situação... então ela começou a fazer tudo pelo menino, confesso que o primeiro pensamento que eu tive foi que ela fez tudo aquilo para aplacar a culpa que sentia, mais quem sou eu pra julgar? como eu poderia me colocar no lugar dela? á medida que ela falava ia me dizendo mais ou menos assim: "eu errei, e continuo errando mais eu estou fazendo o meu melhor agora e quando a gente faz o melhor de coração não existem erros ..." Entre outras palavras ela me ensinava que se lamentar não ajudaria aquele garoto a se desenvolver, encaminhei os dois á Pestalozzi (Instituição que eu trabalho também), e estou aqui no aguardo de quem sabe poder trabalhar com meu amigo campeão! A culpa não ajudaria aquela mãe a enxergar novas possibilidades... Ela reconheceu a sua falha e estava correndo atrás do prejuízo.
Eu sempre digo as mamães e papais dos meus clientes que, não existem erros irreparáveis quando se tem amor... eu não estou dizendo que as situações não precisem ser analisadas e melhoradas... mais quando não se tem uma solução positiva naquele momento não se atormentem pela culpa, respeitem o melhor que estão podendo fazer... afinal, antes de serem pais, mães, tias, madrinhas, educadores todos somos seres humanos e vamos cometer deslizes ás vezes!
Quem nunca se achou a última mãe do mundo quando foi preciso dar um não? E a dica para esse momento é... Porque mesmo estão fazendo isso?? quando plantamos um pé de manga, por exemplo, ele vai nascer apenas pelo nosso desejo? ou vai nascer se a gente não cuidar, deixando no sol e na chuva ás vezes? ou se a gente colocar numa redoma protegido de todos? é claro que não!! O sol, a chuva, o vento... tudo é adubo para o desenvolvimento da plantinha! Tudo nessa nossa vida é um caminho... e para se andar num caminho é preciso dar um passo, parar ás vezes... voltar para refazer algum pedaço... mais é importante que tenha coração nesse caminho...
Hoje contei uma história de extremo... minha intenção foi de demonstrar que, se numa situação extrema podemos encontrar conforto, no dia a dia também podemos fazê-lo, é só treinar!!
E com vocês? como acontece? Como eu poderia ajudá-los? Aguardo recadinhos!!

Por hoje é só...
Nosso próximo tema é sobre adoção, existe alguma sugestão??

Bjos,
Rafaela Gonçalves
Psicóloga
CRP 15/2886



sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Dia dos Pais!

Bom dia! O post de hoje é curtinho, mais é intenso! Hoje é dia dos pais, e das mães que também são pais! Quando somos instrumentos de Deus para colocar um ser humano no mundo, vem junto um tanto de responsabilidades, escolhi um vídeo que mostra que pequenas atitudes diárias são grandes aprendizados!! Não esperem apenas os momentos marcantes para isso...


Deixo um beijo especial para o meu pai, ele me deu asas para voar bem longe e raízes para que eu lembrasse de onde vim e saber que posso voltar sempre!! Te amo!!

Por hoje é só!!

Bjos,
Rafaela Gonçalves
Psicóloga
CRP 15/2886

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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Crianças Precoces


Boa Noite!! Estou eu na oficina do dia das avós quando uma das CRIANÇAS me solta a pérola, tia Rafa eu já tenho 7 anos, sou um pré adolescente né? Eu quis muito rir, mais pela seriedade da pergunta tive que fazê-lo passar por uma pequena frustração dizendo que ele era uma criança ainda, e discursei sobre as vantagens da infância por alguns minutos, contrariado ele me fez prometer que quando chegasse a onze anos seria finalmente, um pré adolescente! É claro que eu fiz váárias perguntas e me chamava atenção a clareza com que ele respondia, "ser pré adolescente está mais perto de ser adulto, é como se fosse grande sem contas pra pagar!!" Vocês entenderam que ele só quer a parte boa?
Todos nós sabemos que a quantidade de informações que recebemos hoje influenciam diretamente no encurtamento da infância, isso pode ser explicado porque a posição que os pequenos ocupam na sociedade atual mudou, esse termo está sendo utilizado com bastante frequencia pois vem sendo alvo das preocupações de Pediatras, Psicólogos infantis, profissionais ligados á infância e os pais, é claro! O fato é que os mini adultos que encontramos hoje não estão preparados para enfrentar o mundo, simplesmente porque não completaram o processo de amadurecimento necessário para encarar as frustrações que encontrarão...
É muito bonitinho quando eles saem com pérolas como a do menininho ali de cima... Quem não se delicia com as roupinhas das mini fashionistas?? Mais é obrigação de um adulto posicioná-lo no seu mundo, falando das vantagens, preferencialmente, de cada fase que ele está passando! Uma criança precoce cresce com uma auto exigência fora do normal, porque aprendeu desde cedo que deveria ser mais do que podia. Fora essa dificuldade será um adulto habituado a viver no futuro, e hoje se prestarmos atenção uma das maiores dificuldades é desfrutar do tempo presente... Como sempre digo aqui, o extremo que é prejudicial, especialmente porque o processo inverso, o de infantilizar demais alienando do mundo, também causará sérios danos.
A dica então vai para os papais e mamães que têm pouco tempo com seus filhos (lógico que os demais também deve se incluir, mais a incidência de crianças precoces acontece geralmente em casos assim), numa tentativa de chamar atenção de vocês, eles buscam se igualar no nível de desenvolvimento, então antes de qualquer coisa escolham a dedo os programas que eles devem assistir; a rotina que eles devem seguir, incluindo um espaço para o brincar, e PRINCIPALMENTE se interessem por isso, perguntem como foi o dia, de que brincaram, com quem brincaram, achem graça nas brincadeiras, etc... Isso fará com que ele não se sinta incompetente e acredite que está trilhando o caminho correto, eu sei que uma rotina estressante muitas vezes não permite um momento assim, mais é muito importante que assim como um compromisso de trabalho, vocês encaixem seus filhos na rotina!!
Estou esperando por emails me falando como funciona na sua casa!!!

Vou ficando por aqui! Prometo um post especial no dia dos pais, essa semana estive muito atarefada e não consegui postar na quarta feira, mais cá estou eu ás 6 da manhã reservando um tempinho especial para meu filho (o blog) !!

Bjos,

Rafaela Gonçalves
Psicóloga
CRP 15/2886

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sábado, 6 de agosto de 2011

O consumismo Infantil



Boa Noite!!! Hoje é dia de falar sobre um assunto muito sério que poucos pais aparentemente se preocupam, mais que deveriam ter mais atenção: O consumismo infantil!

Rubens Alves nos diz... "Os olhos têm de ser educados para que nossa alegria aumente" Isso mesmo, o conceito está certo, mais a execução, completamente errada! O que normalmente acontece é que a criança é treinada para ser feliz a medida que tem, e quanto mais tem, melhor.
É muito importante que o valor de que o material não é o que traz a verdadeira felicidade, seja transmitido na infância ainda, eu entendo que seja complicado lutar contra uma mídia tão massacrante, vi hoje um comercial de leite fermentado que prometia que a criança ficaria forte, saudável e cresceria mais rápido que as outras! Quem não arriscaria tentar?! Não estou criticando a mídia, estudei Administração em Marketing e sei da sua importância para o desenvolvimento do nosso país, porém, esse equilíbrio deve ser debatido em cada família, pois não há uma dose exata para o que é certo ou errado, é uma questão de bom senso.
Assisti sábado um programa bastante interessante na GNT, chamado quebra cabeça, lá eles fazem uma comparação entre 2 extremos, a criança altamente consumista e uma outra que utiliza a reciclagem como forma de brincadeira, são duas polaridades e como extremos têm suas dificuldades. não existe problemas do seu filho acompanhar a modernidade e ter aquele brinquedo que os colegas tem, ou a roupa que está sendo usada, mais é importante que os responsáveis expliquem que a felicidade não estar no TER e sim na importância que a gente dá.
Para a criança o que o adulto fala é a verdade, então imaginem um apresentador de programa infantil que estabelece um forte vínculo afetivo e emocional com a criança devido às longas horas que passa com ela diariamente dizendo que esse ou aquele objeto trará felicidade? Muito difícil resistir! Me lembro da minha infância e as modinhas pelas quais nem sempre passei ilesa!! Sendo assim, em função desse vínculo emocional, a criança pequena recebe a mensagem que o apresentador transmite quase como uma ordem e ela não quer decepcionar ou trair tal vínculo afetivo.
Muitas vezes a culpa dos pais por não ter o tempo de gostaria, faz com que essa relação seja recompensada com objetos cada vez mais caros e que só trazem uma felicidade momentânea e que precisará de substituta em pouquissimo tempo!
Vale a pena pensar sobre o assunto e avaliar como estão sendo passados os valores na sua família! Para ntenderem melhor sobre este assunto recomendo assistirem um vídeo da da psicóloga Laís Fontenelle, do Instituto Alana, que fala sobre a necessidade de impor limites sobre os desejos de consumo das crianças, explicando de forma bastante resumida a importância dessa discussão!! http://gnt.globo.com/quebracabeca/noticias/Como-lidar-com-o-consumismo-das-criancas.shtml Espero emails ou recadinhos com relação a esse post ok? como se percebem e de que forma eu poderia ajudá-los!!

Bom, por hoje é só!! Amanhã (08/08/2011)sai um textinho especial que fiz para o blog Feito a Mão, vale a pena conhecer o blog, acompanho há mais ou menos um ano e de lá tiro muitas dicas úteis para o dia a dia! Fiquei muito feliz com a oportunidade!!Espero que gostem porque foi feito com muito carinho!! o endereço é http://www.blogfeitoamao.com

Bjos,

Rafaela Gonçalves
Psicóloga
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sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Para os amigos de Profissão!


Boa Noite, passo aqui hoje rapidinho para divulgar um curso bem legal, não acontece em Maceió, para as leitoras de São Paulo, vale a pena conferir! =**

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Inteligência Emocional – Preparando seu filho para vida



Boa Noite!!! Tentei deixar um post prontinho para colocar ontem, mais logo pela manhã recebi minha edição da revista Crescer do mês de Agosto, ela veio recheada de boas reportagens e começo a mudar o conceito que antes eu tinha que era uma leitura apenas para pais. Pois é... Estava lendo quando me hipnotizei pela reportagem de título: “Como preparar seu filho para a vida” e é lógico que a minha ansiedade não permitiu que eu postasse outro assunto que não fosse Inteligência Emocional!
Vocês já devem ter ouvido falar sobre esse termo, que anda bem em alta ultimamente, a Inteligência Emocional, que é a capacidade de se adaptar ao mundo; Para o desenvolvimento saudável todos nós precisamos estabelecer relações com o outro e com o meio que nos cercam, e quando aprendemos a fazer isso de forma positiva e amistosa só temos a ganhar. Acontece que as situações que se apresentam na nossa vida nem sempre nos permite manter o equilíbrio, e para isso não há dica, nem solução mágica. É uma questão de treino, afinal os momentos ruins também são oportunidades fundamentais de aprendizado e amadurecimento.
Pensando nisso a revista Crescer listou 10 habilidades emocionais, que se bem desenvolvidas podem ajudar seus filhos (e meus pacientes) a conquistar um crescimento saudável! Vou listar as que acredito ser mais importantes, mais recomendo a leitura na íntegra, realmente está fantástica!!
1. Paciência  Assim como o inverno vai chegar e ir embora, também chegará a vez da primavera! Bom, com pequenos exemplos no dia a dia as crianças precisam entender que cada coisa tem seu tempo para acontecer, se está muito ocupada e não pode ouvir uma história que seu filho está contando peça que ele espere, e assim que puder recomece o assunto, explicando que agora você vai ouvi-lo com atenção. O esperar será um aprendizado para ele, mais é preciso que no momento adequado ele também seja ouvido!
2. Coragem  Como poderíamos ir em busca dos nossos objetivos e aprender coisas novas sem uma boa dose de coragem? Todos nós temos tudo que precisamos para enfrentar as situações novas, ter medo é normal até certo ponto, mais é preciso desenvolver a coragem para enfrentá-las. Uma boa conversa pode resolver um medo natural, como de escuro, de ficar sozinho... esteja perto do seu filho, apóie seu tempo em superar as dificuldades.
3. Autoconfiança  Na minha concepção esta é a habilidade que mais precisa ser desenvolvida, e a dica é especial aos pais, acreditem que seus filhos podem, quando vocês acreditam na capacidade deles, estão entregando a chave para que eles também acreditem. As crianças acreditam no que os pais dizem, logo, se eu digo que meu filho é desobediente, ele de fato o será. Censurem a situação reprovadora e não a criança.
4. Tolerância  Aceitar as diferenças é um passo muito importante para desenvolver a Inteligência Emocional, e conseqüentemente uma convivência harmoniosa com os demais, e isso as crianças aprendem quando os pais também são tolerantes! Geralmente ouvimos a frase, faça o que eu digo, mais não faça o que eu faço! Impossível quando estamos falando em educação! Vamos nos melhorar para ajudar os filhos!!
5. Resistência ás frustrações Uma das maiores provas de amor de um pai á um filho? Dizer não ás vezes! Quando não compram um brinquedo fora de necessidade, quando não deixam dormir na cama com os pais, e outras regrinhas que vez ou outra são quebradas quando os pequenos fazem o mínimo sinal de chateação, não contribue em nada para o amadurecimento, e se não aprender hoje, dentro de casa, com todo amor do mundo, aprenderão na rua, e talvez de uma forma bemmmm mais dolorosa!
Além dessas habilidades ainda existem a Persistência, Autoconhecimento, Controle dos impulsos, Empatia e Comunicação. Os primeiros anos da vida de uma criança são os que ela terá os maiores aprendizados, tanto os cognitivos, quanto os emocionais. Todos os pais querem o melhor para seus filhos, mais precisam saber na sua frente está um pequeno ser humano que tem suas próprias expectativas, seus próprios medos e seu próprio tempo para aprender. Por isso é importante entender que sempre é tempo de desenvolver as habilidades dos seus filhos e/ou descobrir novas!
Bom gente por hoje é só!! O que acharam?? Compartilhem suas experiências para que possamos nos ajudar!!
Bjos,




Rafaela Gonçalves
Psicóloga
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