quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Nascidos no coração... Um papo sobre adoção!

Olá! Como estão todos? Estive ausente durante quase toda semana porque as mudanças estão me tirando o tempo livre!! Depois quando tudo estiver em seus lugares eu posto fotos para vocês apreciarem!! Bom, o tema de hoje é sobre Adoção!
Se tenho alguma certeza nessa vida é a de que eu vou adotar uma criança, talvez pela minha experiência na família, talvez porque tenha amor em excesso... O que importa é que parte desse extenso assunto eu poderia conversar com vocês? Como sou extremamente linear e perfeccionista, vamos ao começo!
A decisão de adotar deve ser encarada com a mesma seriedade que a decisão de engravidar, a mudança que vem pela frente é tão permanente em qualquer uma das situações. Aqui no Brasil o processo de adoção não é o mais simples, trabalhei numa creche com crianças abandonadas quando ainda era estagiária no centro de hipnose aqui em Maceió, e foi uma experiência bastante enriquecedora, porém chocante. Quando a gente decide ter um filho natural, simplesmente aceita o que Deus nos manda, independente da cor, tipo físico ou sexo. Mais a sensação que eu tinha, era que aquela creche (assim como as demais) eram shoppings de crianças, onde as pessoas pegavam, prometiam amor e na hora do trabalho duro, de dar limites, e educar de fato, devolviam, dizendo que a criança não se adaptara...
Mais eu não quero falar desse lado, quero abordar as vantagens da adoção, quero orientar os pais e mães que estejam pensando em tomar tal atitude e aconselhar os que já os tem! Uma criança abandonada vem com uma carga de rejeição 2x mais elevadas, são crianças que naturalmente sofreram desde o ventre materno, tomada a decisão de adotar, os pais DEVEM ter total esclarecimento que a partir daquele momento, são os pais dela, e tem todos os direitos legais de educá-las, conforme seus valores e suas regras, muitas vezes (e isso é mais comum do que pensam) os pais adotivos, compadecidos das rejeições que seu filho já sofreu não impõem alguns limites e mais na frente quando o tentam, se frustram!
Na minha opinião enquanto profissional, desde sempre a criança precisa saber que foi adotada, vocês podem contar historias de mamães que não podiam mais ter filhos e pediram para que uma tia tivesse, e olha que sorte a dela! Quanto amor ela teve, como foi desejada! (isso no caso da criança ter chegado recém nascida). Outra forma de abordar é, a medida que a criança for perguntando, ir respondendo, então chega uma idade que eles pedem pra ver fotos da mãe grávida, vocês precisam ser sinceros e dizer que eles nasceram do coração. A mentira só vai adiar um sofrimento... e enquanto criança, este pode ser elaborado de forma mais rápida e natural!

Existem alguns aspectos que eu gostaria de tratar, algumas crenças limitantes acerca da adoção, tais como: geralmente é uma criança violenta, ela terá sempre problemas, ou ainda outros tantos absurdos! Mais o que acontece na maioria dos casos não é exatamente isso, de fato é uma criança que tem uma rejeição nata, mais seu desenvolvimento é normal como o de um filho biológico, e os pais á medida que vão se adaptando vão encontrando conexões com aquele filho. Chega uma fase (geralmente 7, 8 anos) que a criança costuma falar que não obedecerá tal regra porque não é filho, ou porque tem outra mãe, etc.. e o que acontece com as mamães?? se arrasam!! Tuuudo balela, tudo falado da boca pra fora, na hora da raiva, esse comportamento equivale aquele famoso "Você é a pior mãe do mundo!" Mais nesse aspecto depois das emoções digeridas vale uma boa conversa, colocando que pais também podem machucar ás vezes e que vocês entendem que ele esteja chateado, mais não dá o direito de ferir as pessoas assim...
Aiii um só post não cabe!!!! Prometo uma segunda etapa em breve!! Tenho muitas sugestões acumuladas mais aos poucos (bem pouco.. heheh) eu vou dando conta!!!


Por hoje é só!! O que acharam??


Bjos!!!


Rafaela Gonçalves

Psicóloga

CRP 15/2886



Sugestões, dúvidas ou reclamações?

Um comentário:

  1. Oi Rafaela,
    Muito bom! Concordo que as crianças devem saber desde cedo e acho que pode ser contado de uma forma "encantada" nessa fase.
    Parabéns pelo blog! Tenho um bebê de 1 aninho e já me preocupo com fatores futuros da educação dele.
    Acabo de montar meu blog sobre qualidade de vida, inspirada em conteúdos bacanas como o seu. Espero ter o prazer da sua visita!

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