segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Filhos únicos!


Bom dia!! Ontem arrumando meus livros (colocando numa mala para a mudança do consultório!!) achei um registro de uma cliente de muiitos anos atrás... comecei a ler e me lembrar do desespero que aquela mãe me contava que só tinha tido um filho e devido a outros fatores com um apenas ia permanecer. Ela dizia que o filho era mimado, manhoso e que essas eram características de crianças que não tinham irmãos! Escutei a mãe, conversei sobre as crenças limitantes (tema do próx post) e fui atender a criança... Metade do que a mãe descreveu eram características que ela mesmo tinha determinado que seu filho teria, a outra metade rendeu uns meses em tratamento!! Nesse caso foi mais atendimentos com a mãe, eu precisava que ela entendesse que o fato dele ser mimado e manhoso era algo que ela, junto com o pai tinham desenvolvido e ensinado, e que agora, com esforço e dedicação ela iria colocando limites nele. Nada pode ser em excesso. Carinho, limites, atenção, brinquedos, amor e proteção devem ser tudo equilibrado.
Filhos únicos não apresentam diferenças comportamentais tão relevantes quando comparados á filhos que tem irmãos. O problema na maioria dos casos está na expectativa que aquela criança carrega, e na maioria das vezes ela tem a "carga" de realizar alguns feitos que os pais não conseguiram... Quando se tem irmãos isso fica mais equilibrado! Então como podem ver a dificuldade não está na criança e sim na sua história...
Uma alerta que eu sempre converso com os pais é com relação á socialização, incentivo com mais insistência a procurarem atividades que envolvam grupos como esportes, aulas de línguas, etc... A convivência com crianças da mesma idade é saudável para o desenvolvimento das relações futuras e algumas crianças que não tem irmãos acabam sofrendo da chamada "solidão do filho único" e á medida que ela estabelece relações essa tendência acaba diminuindo e ela tem oportunidade de amadurecer.
Encontramos vantagens e desvantagens nessa escolha, sendo a primeira uma capacidade de dar mais conforto e atenção já que não precisa se dividir entre tantos gostos diferentes... E a segunda a incapacidade de vivenciar momentos que só acontece entre irmãos, ainda poderia descrever outros prós e contras, mais minha intenção não é incentivar nem uma coisa, nem á outra, eu mesmo queria ter uns 5 ou 6 filhos, mais conforme vou vivendo acho que um será suficiente!! vamos ver maisssss na frente ne?!
A dica hoje é, em especial, para as mamães, percebo que tanto amor e dedicação que elas desprendem para seu único filho muitas vezes sufoca e em casos mais extremos amputam... Conheci algumas que acreditavam que ninguém era suficientemente bom ou atencioso para cuidar do seu filho, e além da exigência com o mundo a superrrrrrrexigência com ela mesma não a deixa relaxar ou desfrutar de momentos únicos... Então... Estarei aqui á disposição para ajudá-las a se tranquilizarem e ajudarem seus filhos a crescerem saudáveis!!!
Por hoje é só!!

Bjos,

Rafaela Gonçalves
Psicóloga
CRP15/2886

sugestões, dúvidas ou reclamações?
orientapais@hotmail.com

2 comentários:

  1. Eu tenho um pouco dessa característica de que "ninguém é suficientemente bom ou atencioso pra cuidar da minha filha"... mas isso em relação a babá. Não consigo me despreender e deixá-la aos cuidados de pessoa estranha.
    Ela fica na creche um periodo e no outro com minha mãe... preciso trabalhar isso em mim, não confio nelas (babás).

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  2. Oi Rafaela!!
    Meu bebê é filho único por enquanto e busco sempre esse equilíbrio! Mas estendendo o comentário da Flávia, acho que a maioria das mães tem dificuldades em confiar os cuidados do filho a outra pessoa... sou da opinião de que é melhor confiar a profissionais formadas numa creche ou escolinha do que deixar com uma funcionária que não conhecemos profundamente, o que acha?
    Bjsss

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