domingo, 17 de julho de 2011

Separação dos Pais


Bom dia!! essa semana não consegui organizar meu tempo e acabei não fazendo um post extra, mais foram muitos acontecimentos e logo logo irei anunciar mudanças!! O tema de hoje vem sendo pedido de várias formas, tentarei abordar de maneira que fique o mais completa possível! A separação dos pais é algo doloroso para todas as partes, não existe modo fácil de fazer isso, é uma mudança, e como toda mudança causa medo e ansiedade. O fato é, agora a família tem alguém que depende exclusivamente dos dois para entender o que está se passando, e a primeira coisa que precisa ficar clara é: a decisão é separar mesmo? não existe novas chances? é claro que encontramos casais que dão um tempo e depois tudo volta ao "normal", mais naquele momento é preciso que a decisão esteja tomada, afinal, nada pode ser discutido na frente das crianças.
É importante que os filhos, antes que qualquer mudança (Não existe nada ais traumático do que ver uma mala ser arrumada e não entender) saibam o que está acontecendo! Uma má notícia será sempre uma má notícia, mais se vocês respeitarem o nível de desenvolvimento do seu filho na hora do anúncio e na nova rotina, certamente terão crianças mais saudáveis. Como fazer isso então?? Vou tentar colocar uma média de idades e de reações, mais lembrem-se que cada ser humano é único na sua individualidade, independente da idade, as reações podem variar!
Quando se tem até 2 anos, a criança é como uma esponja, absorve tudo o que está acontecendo ao seu redor, é comum encontrar-mos mudanças no sono, na alimentação e uma certa irritação. O seu universo está ali e até uma conversa mais tensa pode provocar uma reação negativa na criança, mesmo que ela não esteja entendendo... A dica aqui vai diretamente aos PAPAIS, nesta fase o pai começa a desempenhar um papel diferente no desenvolvimento do filho, ele já não tem mais a mãe como centro, então é de suma importância que este laço que se inicia não seja quebrado, o ideal seriam visitas durante a semana, para que possa participar da rotina da criança. Mais se não for possível, mantenha o contato diariamente por telefone, por exemplo, faça seu filho escutar a sua voz, se faça presente!
A partir de 2 anos, até mais ou menos 6 anos, a criança passa a entender bem melhor o contexto, mais ainda não sabe lidar emocionalmente com tudo isso, então é bem frequente encontrar-mos agressividade, choros freqüentes e birras mais acentuadas, angústia, dores de cabeça, alterações de sono e de apetite, vômitos e febres. Aqui a solução é a conversa, acalme seu filho dizendo que entende que ele esteja triste, ou esteja com raiva ou até com medo, mais que juntos vocês vão superar. Nesta etapa é preciso que os pais encontrem formas de ajudar a criança a expressar seus sentimentos de forma saudável, colocando para fora o que estão sentindo através de brincadeiras, desenhos... Pode ser preciso a ajuda de um profissional neste momento, prestem atenção nas mudanças que houveram, no comportamento ou na falta dele... e avaliem se estão prejudicando no desenvolvimento da criança.
A partir de 7 anos , é mais fácil explicar a situação, mais não menos doloroso! Virão perguntas inusitadas e saídas que aparentemente resolveriam todo problema, sejam firmes e deêm a eles o que neste momento mais precisam... Atenção! Expliquem que algumas coisas na rotina vão mudar, mais o amor permanecerá, é importante manter o diálogo, não pressionem, nem esperem a criança reagir de forma positiva, ela precisará liberar o que está sentindo. Permitam (dentro do limite, é claro) que isso seja demonstrado.
Um outro fator muito, muito importante é: "filho, de quem você gosta mais?" Nunca, nunquinha, jamais, façam essa pergunta, além de não ajudar, ainda atrapalha!! Encontro no consultório crianças com muita dificuldade em assumir onde se sentem mais a vontade, o que causa um dos maiores conflitos, porque ela desencandeia o mecanismo de estar aparentemente bem, em um lugar que não faz bem... Criem ambientes agradáveis, se interessem pelo bem estar do seu filho e não se ocupem em criticar seu ex cônjuge, porque ele não foi um bom marido ou esposa para você, mais como pai ou mãe pode ser... E mesmo que não esteja sendo, a criança deve se dar conta disso naturalmente... Falar mal do pai ou da mãe, dói. Estou estudando Alienação Parental para falar mais sobre os danos aqui para vocês, e tenho me assustado em como isso cresceu nos últimos anos!
Mais e quando já existe outra pessoa?? Esse será um post especial! Sobre o fato de apresentar um (a) novo (a) companheiro (a), existem muitas dicas que podem ser importantes!!

Por hoje é só!! Existe algo mais específico que poderia estar abordando sobre este tema??
Aguardo o recadinho de vocês!
Bjos,

Rafaela Gonçalves
Psicóloga
CRP 15/2886

Sugestões, dúvidas ou reclamações?
orientapais@hotmail.com

3 comentários:

  1. achei as dicas maravilhosas
    diversas vezes os pais confundem a cabeça das crianças sem prestarem atenção nas atitudes que estão a tomar
    sucesso sempre no blog
    beijo!

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  2. para crianças pequenas, até 2 anos, pode-se falar (avisar) sobre a separação ?

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  3. Olá, pode sim falar, mais respeitando o tempo dela entender as coisas... Por exemplo, fale que acontecerão mudanças, mais que vc continua amando do mesmo jeito, e no começo esteja sempre presente! Lembre-se que a qualidade do tempo que passarão juntos será muito determinante! Espero ter ajudado... =]

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